A ação foi promovida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e Fundação Cecon
FOTO: Luís Mansueto/FCecon
Os alunos da Escola Estadual Maria Amélia do Espírito Santo, localizada no conjunto Kíssia, zona centro-oeste de Manaus, tiveram uma aula diferente nesta quarta-feira (27/08). Os riscos do tabagismo para jovens e adolescentes foi o tema, e os professores foram enfermeiros, psicólogos, médicos e profissionais da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e da Fundação Centro de Controle de Oncologia (FCecon).
A palestra integra a campanha do “Agosto Branco” – mês de conscientização contra o câncer de pulmão – e ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado no dia 29 de agosto.
Durante a roda de conversa, os alunos puderam esclarecer dúvidas com os médicos, enfermeiros e psicólogos sobre os dispositivos eletrônicos, como o cigarro e o narguilé eletrônicos, além dos riscos e das doenças relacionadas ao uso dos aparelhos. Os estudantes também receberam brindes ao responderem perguntas.
Riscos do cigarro eletrônico
Segundo a coordenadora estadual da Atenção Oncológica, Mônica Maquiné, jovens e adolescentes têm sofrido ataques da indústria do tabaco por meio de propagandas enganosas sobre os cigarros eletrônicos. “Os cigarros eletrônicos causam os mesmos males à saúde que os comuns. Um cigarro eletrônico equivale a três maços de cigarro comum, causa doenças respiratórias, como rinite, sinusite e inflamações no pulmão”, alertou.
Os cigarros eletrônicos viciam da mesma forma que o comum, conforme Maquiné, e explicou que a diferença é a forma de acender. “O cigarro comum, é com fogo, o eletrônico, é movido à bateria. Há casos de jovens internados com crises pulmonares graves por conta do cigarro eletrônico”, informou.
FOTOS: Luís Mansueto/FCecon
Substâncias tóxicas
O médico cardiologista Aristóteles Alencar, que atua no apoio técnico à coordenação estadual do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), disse que os cigarros eletrônicos contêm substâncias tóxicas, que podem causar câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares. Segundo ele, os dispositivos eletrônicos contêm aditivos com sabores e aromas para disfarçar as toxinas presentes, as quais viciam.
São mais de 2.500 sabores, formas e cores diferentes de cigarro eletrônico para atrair o público jovem. “Temos que fazer com que as crianças, os jovens e os adolescentes não experimentem o primeiro cigarro eletrônico”, disse Alencar.
Ambulatório do fumante
Segundo a chefe do Núcleo de Prevenção de Riscos à Saúde por Causas Externas e Fatores de Risco, da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Carla Azevedo, o núcleo conta com o Programa de Controle ao Tabagismo, que funciona na capital e na zona rural. Ao todo, são 37 ambulatórios para o tratamento do fumante em todas as zonas da cidade.
“O tratamento tem a duração de um ano, toda a medicação é gratuita. O ambulatório também disponibiliza terapia cognitiva comportamental – TCC, além do apoio da equipe multidisciplinar. O início do tratamento é imediato, só basta o desejo de parar de fumar e buscar um dos ambulatórios mais próximos de sua residência”, explicou Azevedo.
Segundo Azevedo, no portal da Semsa é possível acessar o link com os endereços dos ambulatórios dos fumantes por zona da cidade. Ela disse que a pessoa que tem interesse em parar de fumar também pode buscar uma unidade de saúde mais próxima de sua residência para obter o endereço do ambulatório.