Iniciativa, de 5 a 15 de agosto, é realizada no Amazonas pelo Laboratório de Genética Forense
Foto: Divulgação/SSP-AM
O Amazonas, por meio do Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística, órgão ligado à Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), participa da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. A ação que iniciou nesta terça-feira (05/08), estende-se até o dia 15 de agosto, e busca, por meio da polícia científica, a identificação de pessoas desaparecidas.
Atualmente, o Amazonas é o terceiro estado brasileiro que mais envia amostras de material genético para o Banco Nacional de Perfis Genéticos. As coletas são realizadas diariamente, na sede do Laboratório de Genética Forense, localizado no prédio anexo ao Instituto Médico Legal, na avenida Noel Nutels, no bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus.
O perito Delson Tavares, do Laboratório de Genética Forense, informou que todo o procedimento é gratuito e indolor. “Não há nenhum custo para essa coleta. Tudo é feito gratuitamente e o processo é indolor, onde coletamos apenas algumas gotas de sangue do familiar próximo da pessoa desaparecida e inserimos esse material no nosso banco”, destacou o perito.
A ação
Fotos: Divulgação/SSP-AM
A ação, de 5 a 15 de agosto, tem como objetivo incentivar familiares de pessoas desaparecidas a doarem material genético, que será comparado com perfis armazenados nos bancos estaduais e no Banco Nacional de Perfis Genéticos. O cruzamento de informações com pessoas falecidas ou com pessoas vivas com identidade desconhecida poderá permitir a identificação de desaparecidos.
Além da coleta de novas amostras, a campanha articula uma força-tarefa nacional para acelerar a análise de perfis genéticos que ainda aguardam processamento. A coordenação é do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), em parceria com o Laboratório de Genética Forense do Amazonas.
Como participar
Para participar, é necessário que o familiar tenha um boletim de ocorrência de desaparecimento, registrado em qualquer unidade federativa, e apresente seus próprios documentos pessoais.
O objetivo é garantir que cada família tenha a chance de encontrar respostas, por meio da ciência e da cooperação entre os estados. Essa iniciativa é fundamental para dar visibilidade ao tema das pessoas desaparecidas e, principalmente, para viabilizar identificações por meio da coleta de material genético dos familiares.
Identificação
Foi a partir dessas coletas que, em fevereiro desde ano, o Amazonas anunciou a primeira identificação de uma ossada humana, por meio da colaboração entre o Banco de Perfis Genéticos do Amazonas e o Laboratório do Estado do Paraná, com o cruzamento de dados no Banco Nacional de Perfis Genéticos. O trabalho propiciou a identificação de uma mulher que havia desaparecido em 2022.